Ronaldo
Albé Lucena
Porto Alegre, Rio Grande do
Sul (Brasil) |
Silêncio
(Jotabé)
Silencio, argamassa em parede invento
Cada tijolo em semeado cimento
Ressequidos, lindeiros não se tocam
Menos se falam, no vazio chocam
nas casas a dor do espelho provocam
na mão espalmada onde medos desfocam
Varal que tece a vida por linhas tortas
Vomita no leito das palavras mortas
Gritando em branco a ruga face do vento
não se abriu pra onde mais desembocam
Na escuridão de quem já abriu as portas |