Luisa Maria
Garbazza Andrade
Bom Despacho, Minas Gerais (Brasil) |
Ocaso da vida
(Jotabé)
Sou flor efêmera, que, ao cair do dia,
recolhe as pétalas em triste agonia.
A queda da pétala me causa dor:
é vida que se esvai, perde seu vigor.
Do espírito pujante, forte clamor:
quer mais vida, quer paz, quer pleno esplendor.
Mas a flor se desfaz, em leve cadência,
qual meu suspiro no ocaso da existência.
Conservo comigo real alegria:
espalhei sorrisos, vivi o amor,
sou mais puro exemplo de resiliência. |